sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

SANTICAÇÃO



“Sejam Santos, Porque Eu Sou Santo”

Deus Nos Chama à Santificação
Introdução:
A. Em quase todos os lugares que visito, alguém lamenta a falta de santidade entre
as pessoas que se dizem seguidores de Cristo.
B. Uma pessoa, ou uma igreja, pode ser doutrinariamente corretíssima, e ainda
falhar neste aspecto importante do seu caráter.
C. Nestas seis aulas, vamos considerar a importância da nossa santificação no
serviço ao Senhor.
D. Começamos com o fundamento – a santidade de Deus.
I. Deus é Perfeitamente Santo.
A. Santo, santo, santo (Isaías 6:3; Apocalipse 4:8).
B. Junto com o amor (1 João 4:8), uma das qualidades principais do caráter divino.
C. O motivo de nos tornar santos (1 Pedro 1:14-16).
II. O Significado de “Santo”.
A. Santo quer dizer “separado”.
B. Deus é separado de nós em dois sentidos:
1. Ele é o Criador, e nós, as criaturas (1 Samuel 2:2,6;
Salmo 99:1-3). A natureza de Deus é diferente e
superior à nossa. Este sentido da santidade se
manifesta no fato que Deus criou o universo do nada.
2. Ele é acima de todo pecado e maldade, e assim separado dos homens
pecadores (Josué 24:19-20). Este sentido da santidade se manifesta no fato
que Deus criou o homem com livre arbítrio, ou seja, com a capacidade de
fazer escolhas morais.
C. É no segundo sentido que ele nos convida a ser santos (1 Pedro 1:15-16). É a
santidade que serve como base da nossa obediência à vontade de Deus.
III. Deus É Santo.
A. Deus não apenas decide o que é certo, ele é certo!
1. Exemplo: É impossível que Deus minta (Hebreus 6:18).
2. Eliú entendeu este fato (Jó 34:10).
B. “Ele ama a justiça e o direito” (Salmo 33:4-5).
1. Ele aceita os justos (Salmo 24:3-4).
2. Ele necessariamente rejeita a iniqüidade e os malfeitores (Salmo 5:4-5;
Habacuque 1:13a).
C. Porque Deus é santo, ele usa linguagem revoltante para descrever o pecado
(Jeremias 44:4; 2 Pedro 2:22).
IV. A Santidade de Deus É Revelada na Palavra Dele.
A. Deus chamou os líderes rebeldes de Israel a ouvirem a palavra para serem
purificados (Isaías 1:10,16-17).
B. As nações iam buscar a palavra do Senhor em Sião (Isaías 2:3).
C. A desobediência de qualquer mandamento de Deus é ofensa contra a pessoa de
F
OOOO
A Santificação no Serviço a Deus 2
Deus. Pense nisso quando sente a tentação de deixar de lado algum
mandamento dele, dizendo que “Deus não se importa com isso”. Ele se importou
em falar. Ele se importou em mandar seu Filho para ensinar. Ele se importou em
mandar os apóstolos para falar para o mundo.
D. Pecado é desobediência da lei divina (Salmo 51:4; 1 João 3:4). Qualquer pecado,
o menor que seja nas opiniões de homens, é traição e ingratidão em relação ao
nosso Criador.
E. O amor de Deus exigia e exige a obediência aos mandamentos dele (João 14:15;
Êxodo 20:6).
V. A Santidade de Deus Revelada na Ira Dele.
A. A ira de Deus contra Israel rebelde (Isaías 5:24-25).
B. Quando Israel recusou arrepender-se, Deus se afastou do povo (2 Reis
17:13,17b-18).
C. Samuel tinha avisado sobre o perigo do castigo de Deus (1 Samuel 12:15).
D. O mesmo princípio continua no Novo Testamento (Romanos 11:22; Hebreus
10:26-27,30-31).
E. A ira de Deus não é igual à explosão de raiva humana. A ira de Deus é uma
característica permanente de sua natureza santa (João 3:36).
VI. Aplicações Práticas.
A. Precisamos entender melhor a gravidade do pecado. Não é brincadeira. Não é
pequena coisa. Nunca é pecadinho. Precisamos aprender como detestar o
pecado com o mesmo zelo que Deus demonstra (cf. Números 25:6-8,11;
Jeremias 48:10).
B. Precisamos apreciar mais o amor profundo de Deus em nos salvar do pecado e
viver como povo grato (Tito 2:11-14; 3:4-7).
C. Precisamos levar as boas novas para as outras pessoas (Romanos 9:1-3; 10:1).
Não será feito por meio de grandes projetos, nem por obrigação. A pessoa que
medita todos os dias na santidade de Deus, que agradece pela graça de Deus na
sua própria vida, que aprende odiar o pecado como o Santo Deus o detesta, vai
evangelizar sem ninguém pedir. Se você não sente a vontade de ensinar outros, é
porque você não valoriza a santidade de Deus e não acredita na profundidade do
pecado do homem.
Conclusão:
A. Seja santo, como ele é santo!
B. Sem a santificação, ninguém verá o Senhor (Hebreus 12:14).
A Santificação no Serviço a Deus 3
A Santificação no Serviço a Deus (2)

A Santificação no Proceder e no Pensamento
Introdução:
A. A primeira aula mostrou o motivo e a base da santificação na nossa vida –
Sejamos santos porque Deus é santo!
B. Nesta aula, veremos a aplicação deste princípio em dois aspectos interligados da
nossa vida – o proceder e o pensamento.

I. A Santificação no Proceder.
A. Devemos nos tornar santos em todo o nosso procedimento (1 Pedro 1:15).
1. Deixar os procedimentos errados do passado (1 Pedro 1:14).
2. Demonstrar procedimento dignos de santos (1 Pedro 1:15).
B. “Portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” (1 Pedro
1:17-25).
1. Avaliar tudo que fazemos no contexto da eternidade:
a. Deus julgará em justiça, segundo as obras de cada um.
b. Somos peregrinos aqui, mas cidadãos do reino eterno.
2. Reconhecer o significado da nossa salvação em Jesus.
a. O nosso resgate (como a nossa regeneração) não foi feito com dinheiro
ou coisas deste mundo e sim, com o sangue do eterno Cristo (1 Pedro
1:18-21,23).
b. Fomos resgatados do “fútil procedimento” dos nossos antepassados
(1 Pedro 1:18).
3. O nosso comportamento é resultado natural desta salvação que recebemos
(1 Pedro 1:22).

II. O Proceder dos Peregrinos.
A. Nós cristãos somos peregrinos ou forasteiros (1 Pedro 1:17; 2:11) porque não
somos cidadãos deste mundo.
1. Somos herdeiros de Deus (1 Pedro 1:4).
2. Somos a “nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pedro
2:9).
3. A nossa pátria está nos céus (Filipenses 3:20).
4. Estamos no mundo, mas não somos do mundo (João 17:14-18).
B. Uma boa parte do livro de 1 Pedro fala sobre o procedimento de cidadãos da
nação santa no meio de um mundo perverso. Considere alguns pontos:
1. Temos o exemplo de Cristo e seu procedimento neste mundo (1 Pedro 2:21-
25).
2. Devemos demonstrar a submissão:
a. Todos nós em relação às autoridades do governo (1 Pedro 2:13-17; cf.
Romanos 13:1-7; Atos 5:29).
b. Servos em relação ao seu senhor, mesmo se ele for cruel (1 Pedro 2:18-
20).
c. Mulheres em relação ao seu marido, mesmo quando ele for descrente (1
Pedro 3:1-6).
d. Homens em relação às necessidades de sua mulher (1 Pedro 3:7).
A Santificação no Serviço a Deus 4
e. Todos em relação aos irmãos (1 Pedro 3:8-9; 4:8-10; 1:22).
3. Devemos demonstrar a pureza (1 Pedro 4:1-3).
4. Devemos nos comportar com humildade (1 Pedro 5:5-7).
5. Devemos resistir ao diabo (1 Pedro 5:8-9).

III. Procedimento Puro Exige Pensamento Puro.
A. Uma determinação de fazer o que é certo (1 Pedro 4:1).
B. Há um vínculo óbvio entre o pensamento e o proceder (Efésios
2:3; Mateus 15:19).
C. É necessária uma decisão de mudar os nossos pensamentos
(Efésios 4:17).
D. Apesar da ênfase sensual, material e terrestre da maioria das
pessoas – até de muitos religiosos – nós precisamos olhar para
cima e pensar nas coisas lá do alto (Colossenses 3:1-6).
Conclusão: Quer ser uma pessoa santificada – no procedimento e no pensamento?
A. Lave o seu coração (Jeremias 4:14).
B. Leve todo pensamento cativo à obediência de Cristo (2 Coríntios 10:5).
C. Pense nas coisas puras e justas (Filipenses 4:8).

A Santificação dos Solteiros
Introdução:
A. Quando Deus criou o homem, ele já falou que a solidão não faria bem.
1. Ele nos criou como pessoas que precisam de pessoas.
a. Precisamos de relações familiares.
b. Precisamos de envolvimento social com outras pessoas.
c. Precisamos de relações espirituais – com Deus e com outras pessoas.
2. Ele também nos deu desejos que são satisfeitos numa relação especial entre
homem e mulher.
B. O casamento continua digno de honra (Hebreus 13:4)
C. Mas antes de casar, ou se não casar, como deve ser o comportamento do servo
santificado?

I. Os Solteiros Devem Manter Sua Pureza Sexual.
A. No plano de Deus, relações sexuais são reservadas exclusivamente ao
casamento lícito de um homem e uma mulher.
1. O leito matrimonial é puro (Hebreus 13:4).
2. O casamento – e a relação sexual do casal – é uma resposta à dificuldade de
manter a pureza (1 Coríntios 7:2-5).
B. Deus claramente condena relações sexuais ilícitas (fornicação, prostituição,
impureza) e atos relacionados (Gálatas 5:19).

II. Proceder e Pensamento na Batalha contra a Carne.
A. A aula anterior frisou a ligação entre o pensamento e o proceder.
B. Para evitar atos proibidos, precisa controlar os pensamentos.
1. Jesus ilustrou esta necessidade quando falou de desejos impuros (Mateus
5:27-30).
2. O discípulo precisa enfrentar a realidade atual – vivemos num mundo sensual
que procura destruir as nossas defesas.
a. Atividades sensuais. Exemplos:
i. Danças.
ii. O incentivo de “ficar”.
iii. Comportamento considerado “normal” (no mundo) para os
namorados (contato físico, beijos demorados, beijo de língua, etc.).
iv. Envolvimento sexual que pára antes do “ato sexual”.
b. Estímulos visuais. Exemplos:
i. Pornografia, fotos, filmes, música e literatura sensuais.
ii. Roupas sensuais.
c. Pressão da sociedade. Exemplos:
i. Desejos sexuais tratados como necessidades irresistíveis.
ii. Métodos de prevenção de algumas conseqüências são vistos como
autorização para atividade sexual.
3. Evitar pensamentos errados exige o hábito de cultivar pensamentos bons (2
Timóteo 2:22):
a. O lado “negativo”: Fugir das paixões da mocidade.
b. O lado “positivo”: Seguir a justiça, a fé, o amor e a paz; invocar o Senhor
com coração puro.

III. Algumas Outras Sugestões Práticas para Manter a Pureza Sexual.
A. Adote algumas regras saudáveis e rígidas no namoro.
1. Bases das suas regras:
a. A palavra de Deus.
b. Conselho de pais.
c. Conselho de cristãos.
d. Conversa com o namorado(a).
2. Exemplos (sugestões):
a. Procurar sair em grupos ou com outros casais
cristãos, evitando tempo dos dois sozinhos.
b. Especialmente quando estão sozinhos, evitar
lugares escuros (portão de casa, cinema, carro estacionado, etc.).
c. Sempre usar roupa decente e insistir que seu namorado(a) faça a
mesma coisa.
d. Evitar contato físico excessivo (seja sincero sobre o que é “excessivo”).
e. Manter todas as suas roupas no lugar certo, sua língua dentro da boca,
e suas mãos longe das partes íntimas do corpo dele(a).
B. Aja com amor verdadeiro.
1. O sexo antes de casar traz conseqüências graves:
a. Risco de doenças.
b. Risco de gravidez.
c. Aumento de perigo de traição depois de casar.
d. Destruição de auto-estima.
e. Consciência danificada.
f. O julgamento de Deus.
2. Solteiros não fazem amor. Alguns têm relações sexuais sujas, ilícitas,
perversas e condenadas, pois se rebelam contra Deus e prejudicam um ao
outro.
3. Se você ama seu namorado/sua namorada, aja como cristão e ajude aquela
pessoa especial chegar ao céu.
4. Namore de uma maneira que, se chegar a terminar, poderão manter a
amizade com respeito e sem vergonha ou culpa.
C. Se não está namorando, encha sua vida com coisas boas e espiritualmente
saudáveis, evitando pensamentos e atividades sensuais.

IV. Outros Aspectos da Santificação.
A. Evitar amizades que conduzem ao pecado (1 Pedro 4:2-5).
B. Evitar atividades e hábitos que corrompem seus princípios morais. Exemplos:
1. Bebidas e outras drogas (Provérbios 20:1; 23:31).
2. A desonestidade (Efésios 4:25).
3. Atitudes erradas em relação aos pais (Efésios 6:1-2).
4. Materialismo (1 Timóteo 6:8-10).
C. Cultivar a sua espiritualidade (1 Timóteo 4:11-16).
D. Aprender servir aos outros (Romanos 12:10-16). Na transição de criança a adulto,
precisa mudar o centro de atenção de si mesmo para Deus e para outros.
E. Buscar em primeiro lugar o reino de Deus (Mateus 6:33; Eclesiastes 12:1,13-14).
Conclusão:
A. “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade...” (Eclesiastes 12:1).
B. “...porque isto é o dever de todo homem” (Eclesiastes 12:13-14).

A Santificação dos Casados
Introdução:
A. O casamento.
1. Por um lado, é a primeira relação humana, e uma que já sobreviveu milhares
de anos de história humana.
2. Por outro lado, o casamento está sob ataque constante:
a. Tentativas de diminuir sua santidade – movimentos a favor do
casamento de homossexuais, etc.
b. Tentativas de diminuir a sua importância – tendências de muitos a
viverem amigados sem casar.
c. Tentativas de negar a sua permanência – aceitação geral do divórcio por
qualquer motivo.
B. No meio a tanta corrupção do plano de Deus, os discípulos casados precisam
lutar para manter casamentos conforme o plano de Deus.

I. O Plano de Deus para o Casamento.
A. Deus definiu o casamento quando criou o primeiro casal (Gênesis 2:24):
1. Deixa pai e mãe – uma decisão de entrar num novo relacionamento.
2. Une-se a sua mulher – um compromisso assumido entre os dois.
3. Tornando-se os dois uma só carne – a intimidade conjugal, uma relação
especial e exclusiva.
B. Apesar dos abusos tolerados durante milhares de anos, Jesus afirmou os
mesmos princípios como base da sua legislação sobre o casamento (Mateus
19:4-6; cf. Marcos 10:6-8).
C. Paulo frisou o caráter monógomo do casamento (1 Coríntios 7:2).
D. A lei conjugal vigora até a morte de um dos cônjuges; o viúvo fica livre para casar
de novo (Romanos 7:1-3; 1 Coríntios 7:39; 1 Timóteo 5:14; Mateus 22:30).
E. Em geral, o divórcio é proibido, e segundo casamento após o divórcio é descrito
como adultério (Lucas 16:18; Marcos 10:11-12; 1 Coríntios 7:10-11).
F. Em casos de desobediência aos princípios da santidade do casamento, Deus se
mostra rígido:
1. Se alguém se divorciar (pecando contra Deus), deve reconciliar-se ou ficar só
(1 Coríntios 7:11).
2. Se um descrente abandonar seu cônjuge cristão, este pode deixá-lo sair,
mas Deus não autoriza segundo casamento nestes casos (1 Coríntios 7:15).
3. A única situação em que o Senhor autoriza divórcio e segundo casamento é
por causa de relações sexuais ilícitas (Mateus 19:9; cf. 5:32).

II. Os Casados Enfrentam Desafios e Ameaças de Falsas Doutrinas.
A. Ameaças doutrinárias – abrindo brechas na lei de Deus. Há muitas maneiras que
pastores e teólogos procuram amenizar as exigências do Senhor, dando abertura
para pessoas manterem seus casamentos ílicitos. Exemplos de alguns dos
argumentos mais comuns:
1. O casamento abençoado é o casamento de crentes.
a. Com este argumento, procuram negar a validade de núpcias contraídas
antes de se converter.
b. Alguns inventam distinções artificiais (evangelho X doutrina, por
exemplo) para dizer que uma mensagem aplica aos descrentes, e outra
aos cristãos.
A Santificação no Serviço a Deus 8
c. Problemas com esta abordagem:
i. A Bíblia nem usa a expressão “casamento abençoado”.
ii. O casamento vem antes da Lei de Moisés, antes do Evangelho de
Jesus e antes da igreja. Nunca foi subordinado a alguma instituição
religiosa.
iii. Se for a verdade, todo casamento feito antes da conversão dos
cônjuges, mesmo se for um casamento puro e feliz, teria quer ser
condenado como “não abençoado”.
iv. Na prática, esta abordagem é aplicada seletivamente para oferecer
uma saída de alguns casamentos ou para justificar pessoas que
querem manter casamentos ilícitos. O capricho dos homens derruba
a palavra de Deus.
v. O evangelho de Jesus é universal (Romanos 1:16).
vi. Deus exige o arrependimento de todos (Atos 17:30).
vii. Alguns na igreja de Corinto eram adúlteros antes de se converter (1
Coríntios 6:9-11). Adultério envolve uma violação do pacto do
casamento. Se eram adúlteros, estavam sujeitos à lei conjugal antes
de se tornarem cristãos.
viii. Não há nenhuma instrução nem exemplo no NT invalidando
casamentos simplesmente por serem feitos antes da conversão das
pessoas.
2. “As coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios
5:17).
a. Este versículo é usado para dizer que a pessoa num casamento ilícito
(conforme as claras afirmações de Jesus, Paulo, etc.) pode manter
aquela relação depois de se converter, pois as coisas antigas se fizeram
novas. Ou que a pessoa separada pode esquecer do primeiro
casamento e achar um companheiro mais adequado. Dizem,
basicamente, que o batismo purifica e livra o homem de todas as
esposas anteriores e santifica a relação com a atual.
b. Problemas com esta abordagem:
i. O contexto fala claramente de relações espirituais com Cristo, e
pessoas tiram um versículo do contexto para justificar relações
carnais de casamentos ilícitos.
ii. Não devemos usar uma afirmação geral para negar o significado de
instruções específicas. É a mesma coisa de usar João 3:36 (“quem
crê no Filho tem a vida eterna”) ou João 10:28 (“Eu lhes dou a
vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da
minha mão”) para negar as muitas passagens que falam
especificamente da possibilidade de retroceder e perder a vida
eterna (1 Coríntios 9:27; 10:6,11-12; Gálatas 5:4; Hebreus 10:26-27;
etc.).
iii. Na prática, este argumento é usado conforme o capricho das
pessoas para justificar casamentos “bons” que querem manter, mas
ainda procuram outras brechas para sair dos casamentos
problemáticos.
B. O Problema de Igrejas que Seguem a Sociedade.
1. Estes e outros problemas doutrinários vêm de uma tendência maior de
adaptar a mensagem da igreja para se adequar aos padrões da sociedade.
2. O divórcio se tornou muito mais comum nas últimas duas gerações, e igrejas,
em geral, têm modificado sua mensagem para não condenar o que a
sociedade aprova.
C. Seremos comformados à sociedade ou transformados pela renovação das nossas
mentes conforme a vontade de Deus? (Romanos 12:1-2).

III. Os Casados Enfrentam Desafios Egoístas e Morais.
A. A raiz de alguns dos problemas que serão citados agora é o egoísmo e a ênfase
exagerada na auto-realização.
1. Na sociedade moderna, a felicidade própria tomou o lugar de serviço e dever.
2. A primeira questão para muitos não é a vontade de Deus (amar a Deus –
Mateus 22:37), nem o bem-estar dos outros (amar ao próximo – Mateus
22:39), e sim a própria vontade e felicidade (“mais amigos dos prazeres
que amigos de Deus” – 2 Timóteo 3:4).
B. Algumas conseqüências do egoísmo no casamento.
1. Vidas separadas sob o mesmo teto.
a. Muitos casais mantêm suas vidas separadas, vivendo juntos numa
relação de conveniência, e não de amor e serviço mútuo.
b. Freqüentemente, o problema começa com homens que não se envolvem
com a esposa e com os filhos. Muitas vezes leva as mulheres a buscar
preenchimento fora – numa carreira, em atividades sociais, em
amizades, em salas de bate-papo na Internet, ou até em casos
adúlteros.
c. Os servos de Deus devem viver “a vida comum do lar” – habitar em
união (1 Pedro 3:7).
2. Amizades perigosas.
a. Solteiros mantêm amizades com pessoas de ambos os sexos.
b. Casados precisam priorizar a relação com o cônjuge.
i. Quem é seu melhor amigo (humano)?
ii. Perigo de priorizar amizades com os colegas.
iii. Perigo maior de manter amizades com pessoas do sexo oposto.
c. Sugestão prática: Cultivar amizades de casais com casais, dando
preferência aos casais cristãos.
3. Serviço ao senhor errado.
a. Não pode servir dois senhores (Mateus 6:24).
b. Muitos casais se entregam à busca pela prosperidade, e perdem tudo
que tem valor.
i. A posição socio-econômica se torna o alvo principal da vida.
ii. Carreira e prosperidade acima de Deus, acima do cônjuge, acima
dos filhos, acima dos próximos.
iii. Presentes no lugar da presença.
iv. E no final, terão o quê? Uma casa bonita e um saldo alto na conta
bancária, sem ninguém com quem dividir esta “alegria”?
4. A sensualidade e o adultério.
a. Solteiros que não aprendem controlar e negar seus impulsos sexuais
freqüentemente se tornam casados que não controlam seus impulsos
sexuais.
b. O que mudou?
i. Antes de casar, era proibido ter relações sexuais com todas as
pessoas do mundo. Depois de casar, é proibido ter relações sexuais
com todas as pessoas do mundo, menos uma.
ii. Antes de casar, era proibido olhar para outros com desejo impuro
(Mateus 5:28). Depois de casar, continua sendo proibido.
c. Mas as pressões são grandes.
i. Na televisão, em filmes, na locadora, nas bancas e na Internet, a
sensualidade se apresenta constantemente, tentando destruir as
defesas de homens que têm obrigação de controlar e negar desejos
naturais.
ii. No mundo, no serviço e na rua, o adultério se apresenta como algo
A Santificação no Serviço a Deus 10
comum e praticamente normal.
d. Sugestões práticas:
i. Aprender a cortar pensamentos errados no início, mudando para
coisas boas e puras.
ii. Procurar a satisfação dos desejos normais em casa, e não negar as
necessidades do seu cônjuge (Hebreus 13:4; 1 Coríntios 7:3-5a).
iii. Não usar o pecado de outros (nem as falhas do seu cônjuge) para
justificar seus erros.
iv. Precisamos dizer “não” ao adultério!

IV. Uma Perspectiva Positiva.
A. Para ter vidas e casamentos felizes, devemos desenvolver a mentalidade de
servos.
1. Jesus enfatizou o princípio de serviço (Mateus 20:26-28).
2. Paulo frisou a mesma responsabilidade:
a. Servos da justiça para a santificação (Romanos 6:18-19)
b. Servir ao Senhor (Romanos 12:11).
c. Servir aos outros (Romanos 12:10,13).
d. Servir à família (Efésios 5:21,22,25,28,33; 6:1,4).
B. O foco do casal deve ser o serviço aos outros.
1. Não concentrar no espelho do egoísmo.
2. Não focalizar principalmente a relação dos dois.
3. Um do lado do outro, olhando para as oportunidades para servir aos outros.

Conclusão: Para ser santificado no casamento:
A. Entender e aceitar a vontade de Deus para o casamento.
B. Rejeitar as falsas doutrinas que desrespeitam a palavra de Deus.
C. Reconhecer e resistir as tentações no mundo.
D. Aprender como servir a Deus e aos outros.

A Santificação Espiritual
Introdução:
A. Nas aulas anteriores, temos destacado a santificação pessoal, especialmente em
termos de moralidade e ética. São assuntos de suma importância hoje em dia.
B. Ao mesmo tempo, não podemos esquecer da ênfase bíblica na santificação
espiritual.
C. Pessoas de bons princípios morais ainda podem ser perdidas eternamente.
D. Paulo enfatiza a importância da pureza espiritual em 2 Coríntios 6:14 - 7:1.
1. Citações da impureza espiritual da época do AT.
2. Purificação da impureza da carne e do espírito (7:1).
E. Nesta aula, vamos dar ênfase à santificação espiritual.

I. O Exemplo dos Patriarcas.
A. Abraão foi chamado dalém do Eufrates. Os antepassados dos judeus serviam aos
ídolos (Josué 24:15). Mas Abraão se dedicou ao Senhor, e se tornou um grande
exemplo de fé.
B. Quando Jacó (Israel) voltou para Canaã e quis se aproximar de Deus em Betel
(Casa de Deus), ele mandou seus familiares a lançar fora seus ídolos (Gênesis
35:1-4).

II. A Separação (Santificação) do Povo de Israel.
A. Deus castigou os povos e mandou que fossem
eliminados da terra, para não corromperem os
israelitas (Deuteronômio 7:1-6). Assim ele queria
manter um povo santo.
B. O povo falhou em não expulsar totalmente as
nações, e Deus as deixou como adversários e
laçõs (Juízes 2:2-3,20-23).
C. O povo de Deus foi corrompido pela influência
destes povos pagãos (Juízes 3:4-6).
D. 700 anos depois da conquista da terra, Deus
destruiu o reino de Israel (Samaria) por causa da
rebeldia e impureza espiritual (2 Reis 17:7-8,15-18).
E. Passando mais 135 anos, ele usou a Babilônia
para castigar o reino de Judá pelo mesmo motivo
(Jeremias 22:7-9).

III. O Exemplo de Jesus.
A. Quando Jesus veio ao mundo, ele não encontrou os israelitas praticando a
idolatria como antes. Aprenderam esta lição do cativeiro.
B. Mas ele encontrou um outro problema entre os judeus – divisões religiosas por
causa das doutrinas e tradições humanas.
1. Fariseus.
2. Saduceus.
3. Herodianos.
4. Essênios.
5. Outros.
A Santificação no Serviço a Deus 12
C. O que Jesus fez?
1. Ele condenou as tradições humanas que contradiziam a palavra de Deus
(Mateus 15:1-9).
2. Ele não se juntou a qualquer das “denominações” dos judeus.
3. Ele disse que as plantas que não foram plantadas por Deus seriam
arrancadas (Mateus 15:13; cf. as palavras de João Batista em Mateus 3:10).

IV. O Ensinamento dos Apóstolos.
A. Os primeiros cristãos seguiam a doutrina dos apóstolos (Atos 2:42), que era o
evangelho de Cristo (Mateus 28:18-19; Hebreus 2:3).
B. Os apóstolos ensinaram os outros a seguirem sua mensagem e seu exemplo (1
Coríntios 4:16; 11:1; 2 Tessalonicenses 2:15).
C. Relataram estes ensinamentos por escrito para guiar gerações futuras (2 Pedro
1:12-15).
D. Avisaram sobre o perigo de aceitar outras doutrinas (Gálatas 1:8-9) ou de não
andar conforme a palavra revelada (2 Tessalonicenses 1:8; 3:6,14).

V. A Nossa Santificação Espiritual.
A. Existem muitas denominações com suas próprias doutrinas e
tradições humanas. Se alguém participar de uma delas, seria
imitador de Cristo? de Paulo?
B. O grande desafio de ser seguidores de Cristo – nada mais e
nada menos (1 Coríntios 1:10-13).
C. A necessidade prática de examinar tudo e rejeitar qualquer
doutrina ou prática que não vem de Deus.
1. Do céu ou dos homens? (Mateus 21:25)
2. Reter o que é bom e se abster de toda forma de mal (1 Tessalonicenses
5:21-22).
D. O perigo de ultrapassar a palavra de Cristo (1 Coríntios 4:6; 2 João 9).
Conclusão:
A. Temos a coragem de nos purificar de toda impureza do espírito?
B. Amamos a Deus de todo o coração, toda a alma e todo o entendimento? (Mateus
22:37-38).
C. Se amarmos a Jesus, guardaremos a palavra dele (João 14:15,23).

Uma Igreja Santificada
Introdução:
A. Por definição, a igreja (ekklesia) é um grupo de pessoas santificadas.
B. A santificação dos discípulos foi uma das coisas que Jesus priorizou na sua
oração sacerdotal (João 17:14-21).
C. Mas a realidade de muitas igrejas hoje é outra. Muitas têm mais parceria com o
mundo do que com Deus.
D. Vamos considerar a importância e o desafio da santidade de uma igreja.

I. Uma Igreja Santificada: Implicações Individuais e Coletivas.
A. A igreja é composta de pessoas, pedras que vivem (1 Pedro 2:5).
B. A figura do templo ou santuário é usada no NT em dois sentidos:
1. A igreja coletivamente (1 Coríntios 3:16-17).
2. O cristão individualmente (1 Coríntios 6:19-20).
C. Nos dois sentidos, devemos vigiar para manter a pureza do templo.

II. Uma Igreja Santificada: Separada do Mundo.
A. Especialmente com o crescimento do Reino em regiões dominadas pelos gentios,
o desafio de manter a santificação do povo de Deus ficou muito evidente.
B. Paulo falou sobre vários aspectos desta dificuldade quando escreveu aos
coríntios:
1. Dissensões carnais (1 Coríntios 1:11; 3:3).
2. A influência da filosofia humana (1 Coríntios 1:18-25; 2:6).
3. A imoralidade (1 Coríntios 5:1; 6:12-20).
4. Brigas sobre coisas materiais (1 Coríntios 6:1-8).
5. A idolatria (1 Coríntios 10:19-22).
6. A discriminação social no contexto de uma observação espiritual (1 Coríntios
11:20-22).
7. A exaltação de dons miraculosos acima do amor (1 Coríntios 12:31-13:8).
8. Desordem no culto, incluindo a falta de submissão das mulheres na igreja (1
Coríntios 14:33-34,40).
9. Dúvidas sobre fatos fundamentais, como a ressurreição dos mortos (1
Coríntios 15:1-19).
C. Outros autores falaram de problemas semelhantes (cf. 1 Pedro 4:1-5).
D. Ao longo da história, a situação geral não melhorou.
1. A oficialização do “cristianismo” pelo Império Romano popularizou e diluiu
suas características distintas, prejudicando a noção da santidade da igreja.
2. O sincretismo (a fusão de sistemas e doutrinas religiosas diferentes)
praticado pela igreja Católica no período de conquistas de diversas colônias
levou a outras modificações em termos de doutrina e prática.
3. A aceitação de muitas igrejas protestantes pela sociedade tem o mesmo
efeito – uma tendência de assimilar práticas e normas da sociedade,
minimizando a distinção entre o puro e o imundo.
4. A tendência marcante dos séculos recentes de enfatizar o segundo
mandamento acima do primeiro (Mateus 22:36-39) tem transformado muitas
igrejas em instituições sociais e mundanas, tirando quase toda a sua
natureza espiritual e celestial.
E. Apesar destas pressões sociais, a igreja do Senhor é um organismo espiritual que
precisa lutar para manter a sua santidade.

III. Uma Igreja Santificada Não Segue as Tendências Religiosas Humanas.
A. Os israelitas precipitaram em pedir um rei por um motivo errado – queriam imitar
as outras nações (1 Samuel 8:5).
B. Muitos dos movimentos religiosos da história são resultados da mesma mania – a
vontade de imitar outras igrejas. Alguns defendem os princípios de movimentos
religiosos ao invés de buscar e defender a vontade de Deus. Exemplos:
1. A reforma protestante.
2. O movimento adventista e suas ramificações.
3. O movimento pentecostal.
4. Movimentos de avivamento.
5. Os ministérios de multiplicação, discipulado, G-12, etc.
6. “Nossas igrejas”, “nossa tradição”, “nosso ministério”, etc.
C. Jesus não seguia as tradições humanas da sua época, e nós não devemos seguilas
hoje (Marcos 7:6-9).

IV. Uma Igreja Santificada Não Segue as Tradições Mundanas e Materialistas.
A. Um dos erros mais graves dos últimos séculos é o desvio dos olhos dos fiéis do
céu e da eternidade para uma preocupação materialista.
B. Jesus chamou as pessoas a esquecerem das coisas materiais para investirem na
vida eterna (Mateus 6:19-21,24-34).
C. Paulo disse que devemos buscar as coisas lá do alto, não as que são da terra
(Colossenses 3:1-4). Ele igualou a avareza e a idolatria (Colossenses 3:5-6).
D. Ele pregou o contentamento e condenou a busca da riqueza (1 Timóteo 6:5-10).
E. Mas a mensagem dominante em muitas igrejas hoje é totalmente oposta a estes
princípios. Pastores incentivam as pessoas a pensar nas coisas materiais e
buscar a prosperidade. Será que Deus mandou Jesus derramar seu sangue para
comprar carros importados, jóias e mansões?
F. A questão não é ter ou não ter. É uma questão de buscar ou não buscar, de estar
contente ou discontente, de desejar isto ou aquilo, de trabalhar por esta comida
ou por aquela (João 6:27). O que é que buscamos em primeiro lugar?

V. Uma Igreja Santificada Serve a Deus Conforme a Vontade Dele.
A. Na organização, no trabalho e no louvor, a igreja deve sempre buscar e seguir a
vontade de Deus (Colossenses 3:17).
B. A igreja é a casa de Deus (1 Timóteo 3:15) e deve ser sujeita ao chefe da casa!
C. Uzá morreu porque os israelitas não buscaram o Senhor segundo fora ordenado
(1 Crônicas 15:13).
D. Pessoas hoje que ousam ultrapassar a doutrina de Cristo perdem a sua
comunhão com Deus (2 João 9).

VI. Uma Igreja Santificada Remove o Pecado do Meio.
A. A igreja é composta de pessoas. Quando tiro pecado da minha vida, estou tirando
pecado da igreja, também.
B. Quando uma pessoa recusa tirar o pecado de sua própria vida (depois das
devidas tentativas dos irmãos), a igreja deve remover a pessoa e não se associar
mais com ela (Mateus 18:15-17; 1 Coríntios 5:1-13; 2 Tessalonicenses 3:6,14-15).
C. Devemos lembrar do perigo do velho fermento (1 Coríntios 5:7).
Conclusão: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela para que a
santificasse...para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa,...santa e sem
defeito” (Efésios 5:25-27).

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